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Publicado em: 27 de Agosto de 2025

Brasil reforça protocolos de sepse em 2025 para salvar vidas e acelerar diagnósticos

Entenda um pouco
mais:

A sepse, conhecida popularmente como infecção generalizada, continua sendo um dos maiores desafios da medicina moderna. Em 2025, o Brasil intensificou esforços para alinhar seus protocolos de atendimento às recomendações mais recentes da comunidade científica internacional, com foco em diagnóstico precoce, administração ágil de antibióticos e monitoramento sistemático de indicadores clínicos.

Segundo o Ministério da Saúde, a sepse responde por mais de 240 mil mortes anuais no país, sendo considerada a principal causa de óbitos evitáveis em UTIs. Com isso, hospitais universitários, prontos-socorros estaduais e instituições privadas passaram a investir em protocolos visuais, treinamentos intensivos e integração de dados em tempo real.

ON DIGITAL - Belo Horizonte / MG

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Novas diretrizes internacionais influenciam protocolos nacionais

As atualizações de 2025 trazem um enfoque pragmático:

Administração de fluidos: até 30 mL/kg de cristaloides na primeira hora, com reavaliação frequente para evitar sobrecarga circulatória.

Antibióticos: aplicação deve ocorrer em menos de uma hora no choque séptico e até três horas em quadros suspeitos de sepse, reforçando a máxima de que “tempo é vida”.

Avaliação contínua: além do lactato, médicos devem priorizar exames de imagem e coleta de culturas antes do início do antibiótico, garantindo rastreabilidade diagnóstica.

Essas recomendações, alinhadas às discussões do International Sepsis Forum 2025, realizado em São Paulo, estão moldando a prática clínica no Brasil.

Experiências no Brasil: painéis visuais e treinamentos presenciais

Em Campinas (SP), o Hospital de Clínicas da Unicamp inaugurou em maio um painel digital interativo que mostra, em tempo real, os indicadores de sepse e AVC.


A iniciativa permite que médicos, enfermeiros e gestores acompanhem metas e resultados assistenciais de forma transparente, acelerando a tomada de decisão clínica.

Já em Belém (PA), o Pronto-Socorro Dr. Roberto Macedo realizou em agosto uma série de capacitações presenciais e online voltadas para médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem.


O objetivo foi garantir que toda a equipe consiga reconhecer os sinais da sepse ainda nos primeiros minutos do atendimento, reduzindo drasticamente o tempo para início do tratamento.Segundo o diretor técnico da unidade, Dr. Fábio Sampaio, a mudança é cultural:


“Não basta ter protocolo escrito. É preciso treinar, repetir e incorporar o raciocínio de urgência no cotidiano da equipe. A sepse não espera.”

O impacto humano da sepse

Além do aspecto técnico, especialistas reforçam o impacto emocional do manejo da sepse. Adriana Risso, psicóloga de UTI em Belém, lembra que a evolução clínica influencia diretamente o suporte emocional:

“Quando conseguimos estabilizar rapidamente o paciente séptico, a família ganha confiança no cuidado e o paciente sente que não está sozinho. É ciência e humanidade caminhando juntas.”

Pacientes sobreviventes também destacam a importância da reabilitação. O engenheiro José Carlos Mendes, de 52 anos, tratado em São Paulo, relata:

“Eu não conhecia a sepse. Achei que era apenas uma gripe forte. Em horas, já estava entubado. Hoje sei que estar em um hospital preparado fez a diferença entre a vida e a morte.”

O impacto humano da sepse

Além do aspecto técnico, especialistas reforçam o impacto emocional do manejo da sepse. Adriana Risso, psicóloga de UTI em Belém, lembra que a evolução clínica influencia diretamente o suporte emocional:

“Quando conseguimos estabilizar rapidamente o paciente séptico, a família ganha confiança no cuidado e o paciente sente que não está sozinho. É ciência e humanidade caminhando juntas.”

Pacientes sobreviventes também destacam a importância da reabilitação. O engenheiro José Carlos Mendes, de 52 anos, tratado em São Paulo, relata:

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Desafios e perspectivas

Mesmo com avanços, o Brasil enfrenta barreiras estruturais. Dados recentes do Instituto Latino-Americano de Sepse (ILAS) mostram que apenas 60% dos hospitais cumprem integralmente o “Pacote da Primeira Hora”. Entre os obstáculos, estão a falta de exames laboratoriais rápidos em cidades menores, dificuldade de padronização de antibióticos e carência de equipes treinadas 24 horas.

Para 2026, a expectativa é que a Organização Mundial da Saúde (OMS) lance uma diretriz global unificada, já em discussão desde 2024, que deve influenciar a criação de protocolos nacionais ainda mais rigorosos.

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Para 2026, a expectativa é que a Organização Mundial da Saúde (OMS) lance uma diretriz global unificada, já em discussão desde 2024, que deve influenciar a criação de protocolos nacionais ainda mais rigorosos.

Conclusão

A batalha contra a sepse em 2025 não se limita a UTIs. Ela começa na triagem do pronto-atendimento, passa pela rapidez no antibiótico e se consolida no monitoramento de resultados. A integração entre ciência, gestão e treinamento humano se mostra, cada vez mais, a chave para reduzir mortes evitáveis.

Como resumiu a médica Mirella Povinelli, coordenadora da UER da Unicamp:

“A sepse é uma corrida contra o tempo. Cada minuto importa.”

Conclusão

A batalha contra a sepse em 2025 não se limita a UTIs. Ela começa na triagem do pronto-atendimento, passa pela rapidez no antibiótico e se consolida no monitoramento de resultados. A integração entre ciência, gestão e treinamento humano se mostra, cada vez mais, a chave para reduzir mortes evitáveis.

FONTES: HC Unicamp – “UER inaugura painel de protocolos de Sepse e AVC” – 19 de maio de 2025.Conecta HC / USP – “Sepsis 2025: atualização global e multidisciplinar sobre sepse no Rebouças” – maio de 2025.Agência Pará – “Pronto-Socorro estadual reforça a importância do diagnóstico precoce para tratamento de sepse” – agosto de 2025.Instituto Latino-Americano de Sepse (ILAS) – Dados nacionais de adesão ao “Pacote da Primeira Hora” – 2025.Organização Mundial da Saúde (OMS) – Programa global de diretrizes sobre sepse em desenvolvimento – 2024/2025.

@ondigital.mktd